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Especialistas alertam para riscos de propagar vídeos ameaçadores

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Um vídeo que circula pelas redes sociais está provocando polêmica e preocupação. Nele, um homem, cuja identidade ainda não foi confirmada, ameaça policiais ,pastores e faz insinuações de invadir escolas. Especialistas em segurança e psicologia afirmam que esse tipo de atitude pode ser classificado como crime por imitação, o que é extremamente preocupante. A pessoa começa a repetir situações que aconteceram no passado. “São pessoas narcisistas que querem momento de fama, ameaçam cometer crimes semelhantes que já aconteceram no passado”, diz Sara Morganna, graduada em psicólogia organizacional e do trabalho e pós graduanda em neuropsicologia.

“A psicologia classifica como pessoas que querem a todo custo aparecer aqueles que buscam notoriedade através de momentos de afronta e transgressão. Esse comportamento é agravado pelo fato de que muitas vezes essas pessoas são ajudadas por outras que propagam essas notícias em redes sociais. Isso significa que esses vídeos e esse tipo de propagação podem causar pânico, estresse social e dar muito palco para esse tipo de pessoas,” comenta Sara .Além disso, a ameaça feita pelo homem no vídeo pode gerar uma reação em cadeia, causando outros atos de violência e intimidação. 

Em março de 2019, um australiano, defensor da política anti-imigração e nacionalista branca, invadiu duas mesquitas em Christchurch, na Nova Zelândia, e matou 50 pessoas. O autor do ataque ainda transmitiu ao vivo pela internet o episódio. Por isso, a primeira-ministra do país, Jacinda Ardern, evitou na época dar visibilidade para o homem, de 28 anos.“Ele buscou muitas coisas em seu ato de terror, mas uma delas foi a notoriedade”, disse Ardern. “E é por isso que você nunca vai me ouvir mencionar o nome dele.”, disse a primeira-ministra.

Ela acrescentou: “Ele é um terrorista; ele é um criminoso; ele é um extremista. Mas ele será, quando eu falar, um anônimo.”Ainda segundo especialistas, o comportamento exibido no vídeo é um sintoma de problemas emocionais e psicológicos, e o autor pode estar passando por momentos de crise pessoal.

Por isso, é importante que ele seja identificado e receba tratamento profissional.Enquanto isso, os especialistas alertam para a importância de não propagar esse tipo de conteúdo em redes sociais e de não alimentar o comportamento de quem busca atenção através da violência e da intimidação. Vídeos divulgados recentemente dão conta que o homem havia sido detido pela polícia militar de Colinas, mas ainda nada oficial foi divulgado. 

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