Cultura
Da África ao Brasil: Colégio Estadual Cândido Figueira promove evento marcante no Dia da Consciência Negra em Figueirópolis
No Dia da Consciência Negra, o Colégio Estadual Cândido Figueira, em Figueirópolis, sul do estado, se tornou palco de um evento transformador e repleto de significados. Com o tema “Da África ao Brasil”, a ação foi organizada pelo professor de História Jonathan Damasceno, em parceria com a professora Sônia Ramos, e contou com ampla participação dos alunos e da comunidade.
O evento destacou a rica e complexa formação da nação brasileira, abordando a contribuição de diferentes povos, como europeus, indígenas e africanos – incluindo os reis e rainhas do continente africano, além dos povos escravizados. A proposta inovadora colocou figuras emblemáticas como Zumbi dos Palmares e Dandara em evidência, simbolizando a luta e a resistência negra, enquanto dançavam e “sambavam” em uma narrativa cultural.
Uma aula viva de história e cultura
A programação incluiu diversas atividades, como desfiles, apresentações de capoeira, danças, teatro mudo e oficinas de artesanato. Entre os destaques, estavam as pinturas em telhas e a confecção de bonecas africanas, que abordaram de forma prática a diversidade cultural brasileira. As roupas utilizadas durante as apresentações foram confeccionadas com foco na sustentabilidade, reforçando o cuidado com o meio ambiente.
O professor Jonathan Damasceno, que ao longo do ano trabalha temas como preconceito e racismo estrutural, destacou que o evento foi mais do que uma celebração. “É um espaço de conscientização e de aprendizado, para que todos compreendam as bases culturais do Brasil e valorizem a diversidade que nos compõe.”
Depoimentos dos alunos
Os alunos do 6º ano do ensino fundamental foram protagonistas do evento e compartilharam suas experiências:
- Luan Lemos: “Eu participei do evento lendo um poema sobre os povos indígenas. Achei muito bonito ver as apresentações, como o desfile, as danças, a capoeira e o teatro mudo. Aprendi muito sobre a história dos europeus, indígenas, rei e rainha da África e os povos escravizados.”
- Átila Henrique Albuquerque de Moura: “O evento foi muito importante para aprendermos como foi formada a nossa nação. Gostei muito do teatro mudo, onde o narrador contou a história enquanto os alunos encenavam. Também achei incrível a apresentação sobre a cultura africana, o que contribuiu muito para o meu conhecimento.
Envolvimento da comunidade
A comunidade local também se engajou na ação, valorizando o esforço coletivo para construir um evento significativo e educativo. A participação ativa dos moradores reforçou o impacto do projeto, que foi celebrado como um sucesso.
Consciência e transformação
O evento no Colégio Estadual Cândido Figueira não apenas celebrou o Dia da Consciência Negra, mas também lançou luz sobre questões estruturais importantes, promovendo debates e reflexões sobre a formação cultural e social do Brasil. Com criatividade e engajamento, a escola mostrou que o aprendizado vai além da sala de aula, tornando-se um espaço de transformação e valorização da história.
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