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Gurupi

A violência e o efeito contágio: Entenda as consequências de divulgar ataques e ameaças

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Recentemente fomos surpreendidos com a notícia de um ataque a uma creche em Blumenau, onde um homem, em um ato de barbárie, vitimou quatro crianças deixando todos nós atônitos, amedrontados e, ao mesmo tempo, tentando buscar respostas, mesmo que não há nada que justifique este horror.

Contudo, uma das razões que pode levar a tal violência é um fenômeno psicológico conhecido como efeito contágio, onde uma emoção, comportamento ou ideia se propaga de forma rápida e ampla, funcionando como um estímulo para aquelas que estão propensas a reproduzir o mesmo comportamento.O efeito contágio pode ser positivo, como, por exemplo, quando somos influenciados por hábitos saudáveis, por ideias otimistas, atitudes de solidariedade, etc.; ou pode ter efeito negativo, através da influência dos comportamentos agressivos, de risco, comportamentos alimentares inadequados, dentre outros.No caso de um crime violento ou de um ataque, como o que aconteceu na escola, a ação pode servir de inspiração para outras pessoas, com características psicológicas e/ou motivações similares a do agressor, para realizar o mesmo ato ou algo semelhante. Esta influência pode ser amplificada pela tecnologia, através do compartilhamento de informações, fotos, imagens, vídeos nas redes sociais ou aplicativos de conversa, uma vez que a propagação ocorre num curto espaço de tempo e para muitas pessoas.Tudo isto pode gerar aumento dos níveis de estresse, ansiedade e medo, principalmente em pessoas que já passaram por experiências traumáticas. Somado a isso, há o sentimento de impotência pela falta de controle da situação e que conduz a sentimentos negativos sobre si, como a baixa autoestima, além de outros impactos psicológicos como insônia, dificuldade de concentração, perda da confiança nas pessoas, desenvolvimento de doenças, depressão, etc.

Evidentemente que a divulgação da notícia é importante, mas o alerta é para que em casos de violência, como o ataque ocorrido na escola, não ganhe tamanha notoriedade a ponto de inspirar outras pessoas a cometer o mesmo ato.Embora o efeito contágio seja um fenômeno complexo, precisamos refletir sobre a banalização da violência e a nossa postura diante dela. Associar a violência como algo da natureza humana ou reduzi-la simplesmente ao resultado da vida em sociedade, é uma forma de terceirizar a responsabilidade.A passividade corrobora para o avanço da violência. Esse conformismo social dificulta a percepção do movimento de ação-reação e a nossa responsabilidade, mesmo que indireta. Como dito acima, uma vez que o efeito contágio pode também ter efeitos positivos, que sejamos então influenciados por comportamentos de solidariedade e de respeito ao próximo.

Créditos: Joselene L. Alvim- psicóloga

(G1)

Jairo do Carmo Santos é jornalista graduado pela Universidade de Gurupi (Unirg), e pós graduando em Produção Multimídia pela UNOPAR. Desenvolveu o serviço de assessoria de imprensa na Câmara de Dirigentes Lojistas de Gurupi nos anos de 2009 e 2010 . Atuou na mesma função na Associação Comercial e Industrial de Gurupi em 2011. Trabalhou como repórter de televisão na Tv Jovem Gurupi, afiliada Record TV em 2010, desenvolveu o mesmo trabalho na TV Gurupi, afiliada SBT em 2011 e 2012 e em 2013 foi repórter e apresentador na TV Band Gurupi. Durante 08 anos atuou como editor regional e repórter da TV Anhanguera/ Gurupi, Afiliada rede Globo.

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